A infertilidade é um problema que preocupa muitos casais que
pretendem ter filhos, mas, na maioria dos casos, ela é revertida com tratamento
adequado. Nesta postagem iremos saber um pouco mais sobre este assunto que
preocupa muitas pessoas, entender suas causas sendo elas masculinas e
femininas, diagnóstico e tratamentos.
Definida como a incapacidade de gerar um filho, depois de um ano de relações sexuais desprotegidas, ou seja, sem nenhum método contraceptivo, a infertilidade acomete homens e mulheres na mesma proporção, tendo as suas causas em diversos fatores. Infertilidade não é esterilidade. O termo infertilidade indica que a condição pode ser tratada e revertida - implica que pode ser um problema temporário. O termo esterilidade é aplicado a uma incapacidade permanente e irreversível.
Causas
A etapas do processo reprodutivo precisam estar em perfeito
funcionamento para ocorrer a gravidez. As principais fases são a ovulação, a
captação do óvulo pela tuba, a fertilização deste pelo espermatozoide e, por
fim, a implantação do embrião formado no útero.
Fatores Masculinos
Os casos de infertilidade masculina ocorrem em razão de
problemas na produção do espermatozoide ou quando este não consegue alcançar o
óvulo. São vários os motivos que podem levar o testículo a não produzir ou
produzir pouco esperma. Um desses problemas pode estar relacionado às glândulas
(hipotálamo e hipófise) responsáveis por estimular a produção de
espermatozoides pelos testículos. Alguns fatores como doenças de origem
genética, tumores, más-formações, inflamações, degenerações, traumatismos
externos ou cirúrgicos, aneurismas, infartos, excesso de hormônios masculinos,
diabetes, hipotireoidismo e obesidade, podem fazer com que as glândulas
diminuam ou parem de estimular a produção dos gametas masculinos, causando a infertilidade.
Alguns problemas nos órgãos que compõem o aparelho reprodutor masculino, como o
epidídimo e ductos deferentes, também podem ser responsáveis pela infertilidade
masculina.
Outros fatores que podem desencadear a infertilidade
masculina são:
- Homens portadores da Síndrome de Klinefelter;
- Criptorquidia;
- Varicocele;
- Defeitos no cromossomo Y;
- Orquite viral como a caxumba;
- Orquiepididimites (consequência das DST’s);
- Intoxicação ou uso de substâncias tóxicas;
- Radiações ionizantes;
- Hipertermia;
- Presença de anticorpos antiespermatozoides;
- Doenças como anemia falciforme, cirrose hepática e insuficiência renal.
Fatores Femininos
Quanto às mulheres, problemas como a ovulação são as causas
mais comuns da infertilidade feminina. A idade é um fator importante, pois a
capacidade que o ovário tem de produzir óvulo cai com a idade, sendo que na
menopausa a mulher não produzirá mais óvulo, e, portanto, não poderá ficar
grávida. Outros fatores que podem causar a infertilidade feminina são:
- Excesso de peso;
- Distúrbios alimentares como anorexia e bulimia;
- Depressão;
- Atividades físicas intensas;
- Sedentarismo;
- Tabagismo;
- Alcoolismo;
- Exposição a agentes tóxicos como pesticidas;
- Doença inflamatória pélvica;
- Endometriose;
- Distúrbios hormonais;
- Ovário policístico;
- Insuficiência ovariana;
- Miomas no útero;
- Aumento de prolactina no sangue;
- Cicatrizes no útero em virtude de curetagens;
- Contrações uterinas que impedem que o espermatozoide fecunde o óvulo;
- Disfunções na tireoide e nas glândulas suprarrenais.
Diagnóstico
Apesar de parecer complicada, a investigação do casal deve
ser objetiva e direcionada às principais causas que levam a infertilidade. Além
disso, vale ressaltar: a investigação é sempre do casal, nunca apenas da mulher
ou do homem.
Na mulher, os testes básicos que fazemos incluem, a
avaliação da ovulação (história menstrual e dosagens de hormônios), o estudo
das tubas (histerossalpingografia) e avaliação do útero (ultrassonografia
transvaginal). O diagnóstico de endometriose, quando há suspeita, envolve
exames de sangue e de imagem (ultrassonografia com preparo intestinal). Apenas quando necessário, podemos lançar mão de testes mais
avançados como a ressonância magnética, a laparoscopia, a histeroscopia e a
avaliação genética.
No homem, avaliamos a produção de espermatozoides através da
análise do sêmen (espermograma). O espermograma avalia o volume do sêmen, o
número, a concentração, a movimentação (motilidade) e a forma (morfologia) dos espermatozoides
e a presença de inflamação. Quando indicado, solicitamos outros exames como dosagens
hormonais, ultrassonografia da região pélvica, biópsia testicular e estudos
genéticos do homem, dentre outros.
Tratamento
Antes de pensar em qualquer tratamento de reprodução humana,
existem orientações fundamentais a qualquer casal que queira engravidar.
Inicialmente, é necessário realizar exames ante natais, como sorologias para
HIV, hepatite B e C, sífilis e rubéola. Além disso, no intuito de reduzir o
risco de algumas malformações, está universalmente indicada a suplementação com
ácido fólico para mulher. Em relação a fertilidade, devemos orientar o casal a
manter um peso adequado, hábitos saudáveis de vida e, em caso de tabagismo,
tentar parar.
Após a investigação da causa da infertilidade, inicia-se,
quando indicado, o tratamento adequado. Este pode ser feito através de
cirurgias ou de procedimentos clínicos, Ex:
- Tratamento Cirúrgico
- Relação sexual programada (Coito programado)
- Inseminação intrauterina
- Fertilização in vitro (FIV)
Referências:
Brasilescola Disponível em: (http://www.brasilescola.com/biologia/infertilidade.htm) <Acesso em 15 de outubro de 2013>
Minhavida Disponível em: (http://www.minhavida.com.br/saude/temas/infertilidade) <Acesso em 15 de outubro de 2013>
Uol Disponível em: (http://saude.hsw.uol.com.br/infertilidade.htm) <Acesso em 15 de outubro de 2013>
Gostei muito ler o seu post, está muito bom.
ResponderExcluirObrigada por partilhar.