terça-feira, 28 de maio de 2013

Lipídios


Os lipídios formam juntamente com os carboidratos e as proteínas, o grupo de compostos mais importante em alimentos e mais frequentemente encontrado na natureza, tanto em vegetais como em animais.
As principais fontes de energia utilizadas pelo homem se encontram entre os lipídios: as gorduras fornecem em peso 2,3 vezes mais calorias que os carboidratos e proteínas, e apesar desses dois últimos grupos de compostos se transformarem em gorduras no organismo humano, alguns lipídios têm funções biológicas específicas.
Os lipídios abrangem um número muito vasto de substâncias, razão pela qual não é possível defini-los exatamente. De uma maneira geral são considerados compostos encontrados nos organismos vivos, geralmente insolúveis em água, mas solúveis em solventes orgânicos.
Todos os lipídios contêm na molécula carbono, hidrogênio e oxigênio; em algumas classes são encontrados fósforo, nitrogênio, e às vezes enxofre. Ocorrem em quase todas as células animais e vegetais e podem ser facilmente extraídos com solventes orgânicos de baixa polaridade.

Funções

Fonte energética
Fornecem mais energia que os carboidratos, porém estes são preferencialmente utilizados pela célula. Toda vez que a célula eucarionte necessita de uma substância energética, ela vai optar pelo uso imediato de uma glicose, para depois consumir os lipídeos.
Estrutural
Os fosfolipídios são os principais componentes das membranas celulares. Do ponto de vista químico, um fosfolipídio é um glicerídeo combinado a um grupo de fosfato. A sua molécula lembra um palito de fósforo, com uma “cabeça” polar, e uma haste apolar, constituída por duas cadeias de ácido graxo. Nas membranas biológicas, eles ficam organizados em duas camadas, que se incrustam com moléculas de certas proteínas.
Isolante térmico
Auxiliam na manutenção da temperatura do corpo, por meios de uma camada de tecido denominado hipoderme, a qual protege o indivíduo contra as variações de temperatura mantendo a homeostasia corpórea.
Proteção mecânica
A gordura age como suporte mecânico para certos órgãos internos e sob a pele de aves e mamíferos, protegendo-os contra choques e traumatismos.

Classificação
Lipídios simples – são os triglicerídeos que têm em sua composição os ácidos graxos. Os triglicerídeos compõem a fundamental forma de armazenamento de gorduras nas células gordurosas.
Lipídios compostos – São os fosfolipídios, os glicolipídeos, a lecitina e as lipoproteínas.
Lipídios derivados – O colesterol é o mais conhecido (é formados a partir dos lipídeos simples e compostos, existindo em todos os tecidos dos animais).


A importância do consumo de lipídios...

 
 
Muitas pessoas pela busca do corpo perfeito retiram completamente as gorduras da refeição. Mas isso pode trazer malefícios à saúde.
 
Tudo que vem ao corpo em exagero faz mal ao organismo, até o consumo de água em demasia pode trazer alguns inconvenientes como a diarreia. Isso se aplica a qualquer tipo de elemento que consumimos.
 
A gordura é ótima para o organismo se consumida de forma correta e quantidades adequadas para o corpo.
 
Mas como a gordura age em nosso corpo?
 
A gordura é encontrada em alimentos vegetais (óleo de girassol, milho, algodão, canola, soja etc) e animal (carnes, leite, manteiga, etc).

 

 
 

Essa substancia é insolúvel em água ( o óleo é mais denso, assim fica “boiando” na água). Como todos sabem, as vitaminas que consumimos nos alimentos são absolvidas na água, mas possuem vitaminas essenciais que são absolvidas pelos lipídios, dentre elas estão: A, D, E e K. Outro motivo muito importante para o consumo dos lipídios é o colesterol.
 
O grande preconceito é achar que o colesterol é ruim ao todo para o organismo, mas na verdade ele ajuda na flexibilidade das células (assim absorvem mais proteínas), principalmente na síntese de hormônios e ajuda no transito intestinal.

Porém como dito anteriormente, deve-se consumi-lo com sabedoria.

 

 
   
 

Colesterol... o que é isto?

 
 
 
 
 



terça-feira, 21 de maio de 2013

Bioquímica da vida: Conheça as principais substâncias que compõem os seres vivos


Humanos, árvores, amebas, cobras, musgos. Você pode achar que esses, e tantos outros seres vivos, não têm nada em comum. Mas se suas formas e hábitos são tão diferentes, ao menos em sua constituição química eles são semelhantes.
Ao analisarmos os componentes das células de diversos seres vivos, veremos que existem algumas substâncias que estarão sempre presentes. São elas: água, minerais, carboidratos, lipídios, proteínas e ácidos nucleicos.
A quantidade de cada um desses elementos varia de acordo com a espécie, a idade e o tecido analisado. No entanto, a água é o componente que está sempre presente em maior quantidade, chegando a representar até mais de 85% do peso de um organismo. Os minerais aparecem sempre em menor quantidade.

Água

A molécula de água é formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. As moléculas de água estabelecem ligações com suas vizinhas através de pontes de hidrogênio. Nas pontes de hidrogênio, os átomos de hidrogênio de uma molécula são atraídos pelo átomo de oxigênio de sua vizinha.
Entre as funções da água nos organismos, podemos citar seu papel como solvente, reagente, na regulação do equilíbrio térmico e como lubrificante. Quase todas as reações químicas ocorrem em solução. A água é capaz de dissolver muitas substâncias. Assim, possui papel importantíssimo na dissolução dos reagentes que participam das reações metabólicas dos organismos.
A água participa como reagente de muitas reações de síntese e de quebra (hidrólise) de substâncias. Através da dissipação do calor, a água impede que a temperatura dos organismos varie de maneira abrupta. Outro papel das moléculas da água é evitar o atrito entre partes, como ossos, cartilagens e órgãos internos, atuando como uma espécie de lubrificante.

Minerais

 

Embora os minerais sejam os elementos presentes em menor quantidade, sua presença é essencial ao metabolismo dos organismos. Os tipos de minerais e as suas concentrações variam de acordo com a espécie. Alguns minerais estão presentes em grandes quantidades e outros em baixíssimas concentrações.
Entre eles, podemos citar o cálcio, o magnésio, o ferro, o sódio e o potássio. O cálcio compõe ossos e dentes, ativa enzimas, atua nas células do sistema nervoso, entre outras funções. O magnésio atua no funcionamento de células do sistema nervoso humano e é o principal componente da molécula de clorofila, presente nas células vegetais.
Quanto ao ferro, atua na reação de fotossíntese nas espécies vegetais e é o componente fundamental da hemoglobina, o pigmento respiratório presente nos humanos. O sódio atua no balanço de substâncias entre o meio externo e o interior da célula; encontra-se sempre em maior concentração no meio extracelular. O potássio também atua no balanço de substâncias dentro e fora da célula, porém é encontrado sempre em maior quantidade no meio intracelular.

Carboidratos

Os carboidratos são moléculas formadas por átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio. São classificados como monossacarídios, dissacarídios e polissacarídios.
Alguns exemplos de monossacarídeos são a ribose, a desoxirribose, a glicose, a galactose e a frutose. Os dissacarídios são formados pela união de dois monossacarídios, como a lactose (glicose + galactose) e a sacarose (glicose + frutose). Os polissacarídios são formados pela união de vários monossacarídios, como a celulose, o amido e o glicogênio.
A ribose e a desoxirribose são carboidratos com função estrutural, são componentes dos ácidos nucleicos. Já a celulose está presente nas células vegetais, formando a parede celular.
No entanto, a principal função dos carboidratos é a de reserva de energia para o metabolismo celular. O amido, por exemplo, é uma das principais reservas energéticas dos vegetais e de algumas espécies de algas. Em muitos animais, o glicogênio é armazenado e liberado quando o organismo necessita de energia.

Lipídios




Os lipídios são moléculas pouco solúveis em água, por isso, são chamadas de hidrofóbicas.
Os lipídios são parte integrante das membranas plasmáticas, atuam como reserva energética e são componentes essenciais de alguns hormônios. Dentre os lipídios, podemos citar, por exemplo, os glicerídios, os esteroides e as ceras.
Os glicerídios são os óleos e as gorduras. São formados por uma molécula de álcool de cadeia curta, chamado glicerol, e moléculas de ácidos graxos. Alguns glicerídios servem como reserva de energia para o metabolismo celular, tanto em animais quanto em vegetais. As gorduras também servem como um eficiente isolante térmico em muitos animais, dificultando a dissipação do calor do corpo para o ambiente.
Os esteroides são formados por uma série de anéis de carbono. Um exemplo de esteroide é o colesterol. O colesterol é uma das substâncias que formam a membrana plasmática dos animais. Além disso, ele participa da fabricação de diversos hormônios, como o estrógeno e a testosterona.
As ceras são lipídios formados por uma molécula de álcool de cadeia longa e ácidos graxos. Como os lipídios são insolúveis em água, as ceras são importantes na impermeabilização de superfícies, tais como a epiderme vegetal.

Proteínas


As proteínas são moléculas compostas por pequenas unidades chamadas de aminoácidos. 

 
Os aminoácidos são formados por um grupo carboxila ligado a um grupo amino. Os aminoácidos se unem através de ligações chamadas de ligações peptídicas e formam uma longa cadeia denominada polipeptídio.
As proteínas possuem três funções principais nos organismos: função estrutural ou plástica, catálise de reações químicas e defesa.
As proteínas são as unidades estruturais das células. Entre vários exemplos, a membrana plasmática é formada por proteínas; as fibras musculares são formadas por proteínas (actina e miosina); nossos cabelos, unhas e as garras de outros animais são constituídos por uma proteína chamada queratina; a hemoglobina presente em nosso sangue também é uma proteína.
As enzimas são proteínas que facilitam as reações químicas do metabolismo. Atuam, por exemplo, na digestão, na fotossíntese e na respiração. Alguns exemplos de enzimas são a amilase salivar, que inicia a digestão do amido na boca, e a pepsina, que quebra moléculas de proteína no estômago.
Os anticorpos, componentes do sistema imunológico, também são compostos por proteínas. São produzidos em resposta à entrada de substâncias estranhas no organismo, os antígenos.
 
Ácidos nucleicos
 


Os ácidos nucleicos contêm o material genético dos organismos. Existem dois tipos de ácidos nucleicos, ácido desoxirribonucleico, ou DNA, e o ácido ribonucleico, ou RNA. Eles são constituídos por pequenas unidades chamadas de nucleotídeos. Os nucleotídeos são formados por um grupo fosfato, um carboidrato (desoxirribose no DNA e ribose no RNA) e uma base nitrogenada.
Existem cinco tipos diferentes de bases nitrogenadas: adenina (A), timina (T), guanina (G), citosina (C), e uracila (U). As quatro primeiras são encontradas no DNA. Já no RNA, a timina é substituída pela uracila.
Os ácidos nucleicos possuem as informações necessárias para a síntese de proteínas e transmitem as informações genéticas de uma célula para outra - ou entre a geração parental e sua prole.




Conhecendo a Bioquímica


A bioquímica pode ser definida como um estudo sistemático das biomoléculas, e dos fenômenos químicos e físico-químicos envolvidos, nos sistemas biológicos. A bioquímica foi capaz de demonstrar através das pesquisas realizadas pelos bioquímicos, que a vida é um sistema químico complexo, e simplesmente existe em virtude da união entre elementos simples.
 
A bioquímica é uma área interdisciplinar da ciência, capaz de utilizar inúmeros conceitos elucidados por outras ciências para explicação do surgimento e da continuidade da vida. Um exemplo disso é o fato de que os físicos no início do século XX descobriram que a difração de raios X era capaz de determinar a estrutura tridimensional das biomoléculas. A astronomia, a geologia, a química e a física fornecem importantes chaves para auxiliar os bioquímicos na obtenção de respostas para perguntas até então sem solução concreta.
 
Um experimento muito famoso e importante para a explicação da bioquímica e para o surgimento da vida a partir de elementos e compostos simples é a famosa experiência realizada por Miller-Urey, no ano de 1953, ano em que Watson e Crick explicaram a estrutura do DNA.





A experiência de Urey é uma tentativa de explicar o inicio da vida pela abiogênese (inicio da vida a partir de compostos minerais). Onde se criou um ambiente que reproduzia a Terra pouco tempo depois de ser formada, onde a mistura do vapor d’agua + N2 + CH4 + NH3 + CO2 + H2, que são elementos simples, foram submetidos a descargas elétricas simbolizando os raios, que quebravam as moléculas e rearranjavam todas formando compostos orgânicos que por sua vez formaram as biomoléculas responsáveis pelo surgimento da vida.